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CENTRO DE REFERÊNCIA EM ENGENHARIA DO ESPETÁCULO TEATRAL EM IMPLANTAÇÃO
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Glossário Técnico

6 de maio de 2011

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Com direção de Francisco Mayrink, estreou no dia 28 de abril, no Teatro Castro Alves, a ópera “O Guarani”, de Carlos Gomes, tendo quatro atos, que são Os Aventureiros, Peri, Os Aymorés e A Catástrofe. Baseada no livro O Guarani, o desencadear da trama é a partir do amor de Pery e Cecy. Pery defende sua amada e a salva do cerco que os aymorés fazem na fortaleza para se vingar da morte de uma índia.

De autoria de Euro Pires, o cenário desenvolvido é uma floresta e uma fortaleza dentro dessa floresta. Para ter um aspecto real, foram feitas pintura e modelagem, a fim de darem formas a esses ambientes. As plantas também foram usadas com o objetivo de tornar a cenografia mais realista. Como o castelo, no final, é explodido, buscou-se uma solução bem simples, que é criar uma explosão falsa do palco e fazer as paredes desabarem, uma vez que são de papel, portanto, sem complicações.

Teve que haver a disponibilização do espaço para o castelo e os índios. Era preciso ter o mesmo espaço ocupado tanto pela floresta dos aymorés, quanto pelo castelo. Assim, foi necessário adaptar o castelo de maneira que ele saísse de cena e esse mesmo lugar virasse a aldeia dos índios. A idéia foi fazer uma floresta e ao fundo construir uma passarela que se transformasse num morro, onde os índios aparecessem e circulassem, além dos aventureiros. Também é o local para a fuga de Pery e Cecy, no final, quando ele consegue salvá-la durante a destruição do castelo.

Na confecção do cenário, trabalhou-se com materiais reciclados, usando muito tecido, madeira e papel.












Fotos: Yuri do Val
Texto: Luís Cláudio de Oliveira

29 de abril de 2011

A Paixão de Cristo

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Com direção de Paulo Dourado e cenografia de Zuarte Jr, foi encenada nos dias 22, 23, 24 e 25 de abril, na Concha Acústica, o espetáculo “A Paixão de Cristo”. O que diferencia essa montagem são as interferências de muitos efeitos plásticos de cada cena. A proposta para o cenário era criar um deserto grande. Por isso o palco ficou uma área aparentemente vazia no início, mas durante o espetáculo iam entrando praticáveis que simulavam as elevações dos pisos e dos tronos, flâmulas, a mesa que subia no momento da ceia e depois descia, o alçapão, o mar feito de pano e o barco. Toda essa parafernália de elementos cênicos teve como objetivo criar uma surpresa para que a encenação ficasse espetacular, como foi bem exemplificado na descida do anjo, na subida de Jesus e nas letras incandescentes formando uma frase na boca de cena.

Os materiais utilizados para a confecção foram tecido pintado artesanalmente com cores que retratassem o deserto, madeira, ferro e metalon.

Fotos: Yuri do Val
Texto: Luís Cláudio de Oliveira

8 de abril de 2011

Troféu Dodô & Osmar

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No dia 06 de abril, os melhores do carnaval de 2011 foram premiados com o troféu Dodô & Osmar, no Teatro Castro Alves. Zuarte Jr, responsável pela criação do cenário, teve a idéia de tridimensionalizar as letras e os números para dar corpo e teatralizar mais o espaço cênico. O uso da plotagem foi moderado, utilizando lantejoulas gigantes, de modo que a disfarçasse, proporcionando brilho e um aspecto pictórico.

O processo da confecção dos caracteres foi feito através de uma técnica que consiste na feitura de uma xerox em acetato e na utilização de um retroprojetor. A imagem projetada no suporte fica em tamanho real e serve de referência para se desenhar as linhas de corte na madeira. A praticidade e rapidez deste processo facilitam muito o trabalho do cenógrafo.

Os materiais usados na criação foram madeira, tinta, adesivo plotado, acetato luminado e lantejoulas.




Fotos: Yuri do Val
Texto: Luís Cláudio de Oliveira

22 de março de 2011

Namíbia, Não!

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Com texto de Aldri Anunciação, direção de Lázaro Ramos, cenário de Rodrigo Frota e atuação de Flávio Bauraqui e Aldri Aunciação, o espetáculo “Namíbia, não!” estreou dia 18 de março, na Sala do Coro do TCA. O governo brasileiro, no ano de 2016, toma uma medida radical com relação aos negros, cujo objetivo é encaminhá-los de volta à África. Dois primos, dentro de um apartamento, vivem o dilema de decidir se fogem e permanecem no Brasil ou se acatam a decisão e se entregam, retornando ao continente africano.

A idéia do cenário é de ir apertando os personagens dentro do apartamento. Dessa forma, optou-se por fazer uma caixa branca, trabalhando-o em perspectiva, com a cor branca. Essa caixa vai se modificando. Como se passa no futuro, foi usado um material diferente, uma vez que tem porta de correr, tendo elementos que saem das paredes, dando um tom mais futurista. Acrílico leitoso foi usado para que esta sensação ficasse evidente. As paredes translúcidas permitem a passagem da luz, possibilitando a iluminação por trás e a projeção de sombras.

Todas as estruturas e as paredes do teto foram feitas de metalon, sendo as peças de 1m x 1m, onde se aplica as placas de acrílico com relevo. Na confecção dos móveis, optou-se pela madeira e metalon, cobertos de acrílico, e no teto, também com estrutura de metalon com tampo de voil branco, a fim de permitir a passagem da luz para iluminar o espetáculo.






Fotos: Yuri do Val
Texto: Luís Cláudio de Oliveira

17 de janeiro de 2011

Conversas Plugadas - Jum Nakao

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Convidado para ministrar a oficina “Modelar –Inovações: Geometria x Corpo x Espaço” no Centro Técnico do Teatro Castro Alves, nos dias 6 e 7 de dezembro de 2010, Jum Nakao, estilista, professor e artista plástico, participou do projeto Conversas Plugadas falando sobre o seu trabalho e o que o fez parar com os desfiles.





APRESENTAÇÃO


Estou muito contente de estar aqui em Salvador. Quero agradecer ao Teatro Castro Alves e a todas as pessoas que se empenharam para que fosse possível, tanto a oficina quanto essa conversa plugada. Agradecer também às pessoas que se inscreveram, porque o espetáculo, sem público, não acontece. É fundamental que vocês estejam aqui hoje nesta conversa para que possa fluir.

Algo que se tornou muito recorrente e meio que “interconectável” --- não sei se esta palavra existe ---é eu ter que mostrar isso que vocês vão ver agora. Em qualquer lugar aonde eu vou, virou uma situação engraçada, pelos menos para mim, porque antigamente as pessoas me apresentavam pelo meu nome. Elas diziam: “Este é o Jum Nakao. Ele é estilista e artista.” Hoje em dia, principalmente quando estou no exterior, as pessoas não me apresentam mais assim. Eu fiquei em segundo plano. As pessoas me apresentam da seguinte maneira: “Ah! Sabe aquele desfile de papel? Foi ele quem fez.” É a mesma coisa quando se tem um filho famoso. Você deixa de ser você e passa a ser o pai ou a mãe de fulano. Não é mais a pessoa. Passa a ser o pai ou mãe de alguém, que é mais importante do que você. Eu vou mostrar isso aqui, e, para quem não conhece, é um desfile de papel. Esse desfile aconteceu em julho de 2004, no São Paulo Fashion Week. Para fazer esse desfile, trabalhamos mais de setecentas horas, consumimos um pouquinho mais de meia tonelada de papel, mais de cento e cinqüenta profissionais de diversas áreas se integraram para que esse sonho fosse possível. Esse projeto aconteceu depois de vinte anos dedicados à indústria da moda. Durante vinte anos, batalhei para um dia estar nesse lugar – o maior evento de moda da América Latina. Mas chegou um momento em que percebi que faltava algo que me fizesse sentir a necessidade e desse sentido para eu continuar a minha carreira como estilista. Depois de trabalhar vinte anos, eu vi que não havia conseguido transformar a sociedade. Muito pelo contrário. Percebi o quanto eu estava embrutecendo junto com ela. Manter uma empresa nos patamares em que eu tinha, com um mundo de funcionários e obrigações para sobreviver, era uma coisa louca. Aí resolvi renunciar. As pessoas me perguntam, muitas vezes, por que fiz isso. A única resposta que tenho para dar é que tinha que ser feito. Tenho certeza de que, de uma forma que talvez vocês entendam, é como estar casado ou namorando e um dia você chega para a pessoa e fala que não quer mais ficar com ela. Não é porque tenha encontrado outra. É simplesmente porque acabou. Chega um momento que não dá mais para continuar. Ou vocês vão chegar do trabalho e falar: “Olha estou indo embora. Fui.” É que chegou num ponto que não dava mais. E para mim, chegou esse momento. Eu queria transformar de outra forma, e se eu quisesse realmente transformar a sociedade, eu percebia que precisava formar o indivíduo. O engraçado é que a minha assistente, que era recém contratada, me disse: “Poxa, você vai parar! Eu acabei de entrar aqui. Você tem tanto para me ensinar. Vinte anos, não é? O que você vai fazer com tudo isso que você sabe?” Eu disse que não tinha idéia, mas que era preciso parar. Chegou a um ponto que quero fazer um trabalho que mostre o quanto as pessoas estão cegas, o quanto elas não estão mais enxergando, o quanto existem valores, o invisível ainda possível no real que as pessoas não enxergam. Elas estão olhando muitas vezes do que é feito e qual a marca. Não estão olhando como é feito, por quem é feito e do que é feito. Foi engraçado porque, no dia seguinte, as pessoas iam ao show room e não havia roupa para ser vendida. Para mim, foi muito tocante porque, seis meses antes, a equipe inteira sabia que aquele desfile seria o último e tinha a opção de me abandonar e procurar outro emprego. Mas todas as pessoas ficaram comigo até o último momento, porque todas compartilhavam desses questionamentos.









Fui convidado para fazer uma palestra na Faculdade onde estudei – na Fundação Armando Álvares Penteado. O diretor da Faculdade de Artes Plásticas pediu que eu fizesse uma palestra sobre a minha carreira e ficou sentado. Fez a apresentação, e no final me confessou que, normalmente, fazia a

12 de janeiro de 2011

INSCRIÇÕES: CURSOS NAS ÁREAS DE CENOGRAFIA, FIGURINO, MAQUIAGEM, LUZ E SOM

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CONVÊNIO ENTRE FUNCEB E IFBA PROMOVE CURSO DE TECNOLOGIAS EM ARTE DRAMÁTICA

A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, por meio da Fundação Cultural do Estado da Bahia/Funceb e do Teatro Castro Alves/TCA, firmou convênio com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia/IFBA (antigo CEFET) que promoverá o Curso de Tecnologias em Arte Dramática. Esta iniciativa que partiu do Sindicato de Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado da Bahia/SATED, parceiro do projeto, objetiva possibilitar o aprofundamento dos conhecimentos dos participantes, levando a seu aperfeiçoamento profissional; prepará-los para o trabalho e para a cidadania; desenvolver sua autonomia intelectual e pensamento crítico; e promover a compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos processos aplicados aos espetáculos de diversão.

As inscrições para o processo seletivo acontecerão entre 12 e 23 de janeiro de 2011 através do site do IFBA (http://www.portal.ifba.edu.br/). São 96 vagas disponíveis, distribuídas entre as habilitações em cenário, figurino, luz, maquiagem e som. Destas, 10 vagas estão destinadas a serem preenchidas por servidores da Funceb.

A proposta do curso, que vem sendo discutida há alguns anos, finalmente se concretiza no trabalho conjunto entre entidades estadual e federal. Moacyr Gramacho, Diretor do TCA, vê este curso como um passo fundamental no processo de implementação do Centro de Referência em Engenharia de Espetáculos, legitimando o empenho em geração de conteúdo e conhecimento que vem acontecendo nos últimos anos. “O convênio alia formação e qualificação e promove o conhecimento para a mão de obra, o que garante mais profissionais de qualidade. Mais uma contribuição importante deste curso é a formalização, nos moldes de um Instituto Federal, de um conhecimento tradicionalmente disperso e transmitido informalmente”, diz o Diretor.

Para o Prof. Heitor Guerra, relator do projeto e coordenador do curso, esta iniciativa será capaz de suprir uma demanda por profissionais técnicos mais qualificados no estado e no país. Ator e educador, ele percebe a necessidade de mais trabalhadores e a possibilidade de uma melhoria quantitativa e qualitativa nas produções locais.

O diretor do campus de Salvador do IFBA, Prof. Albertino Nascimento, declara, ainda: “Para um instituto marcadamente de tecnologia, lidar com a área das artes é muito especial porque desmitifica a ideia de falta de envolvimento com a expressão artística. Ficamos felizes em cumprir a função social da instituição desta maneira”.

As aulas têm previsão de início em março, estendendo-se até setembro de 2011. O curso acontecerá no campus de Salvador do IFBA e as aulas práticas e o estágio supervisionado nos equipamentos culturais da Funceb.

Mais informações sobre o edital são encontradas no site do IFBA (http://www.portal.ifba.edu.br/) e a respeito dos documentos comprobatórios exigidos pelo edital no site do SATED (http://www.satedba.com.br).

Assessoria de Comunicação do TCA

Tel.: 3117- 4832/4833/ Fax: 3117-4872

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Janeiro de 2011