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Glossário Técnico

30 de agosto de 2010

RESULTADO DAS OFICINAS DE FIGURINO, CENOGRAFIA E ILUMINAÇÃO DE "OCASIÕES"

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O Núcleo de Teatro do Teatro Castro Alves (TCA.Núcleo) divulgou os selecionados para compor as equipes de Figurino, Iluminação e Cenografia da segunda montagem de 2010, que tem o título provisório de “Ocasiões”.

Os profissionais foram selecionados durante as oficinas técnico-artísticas realizadas pelo TCA.Núcleo em parceria com o Centro Técnico do TCA, ministradas por Miguel Carvalho (figurino), Aurélio de Simoni (iluminação) e Renato Bolelli (cenografia).

FIGURINO
figurinistas: Thiago Romero e Maria Cristina
assistentes: Silvia Costa e Melibai Alejandra Ocanto

ILUMINAÇÃO
iuminador: Luciano Reis
assistentes: Maria Carla Correia e Fernanda Mascarenhas

CENOGRAFIA
Cenógrafo: sem indicação*
Assistentes: Yoshi Aguiar e Manolo Araújo

*Para a função de Cenógrafo, tanto o ministrante da oficina quanto a diretora do espetáculo, Jacyan Castillo, não identificaram entre os projetos apresentados pelos 13 participantes um resultado que atendesse às especificidades da montagem. Diante disto, foram selecionados apenas os dois assistentes.

Antígona

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Antígona, de Sófocles, que estreou dia 25, conta a estória de uma jovem que perdeu o irmão. Ele é expurgado da sociedade e morre sem ter direito a um sepultamento. Antígona luta para enterrá-lo, indo contra todas as leis, e por isso é condenada à morte.

O cenário criado por Rodrigo Frota é muito reto, e todos os atores se movimentam em linha reta, exceto Antígona, pois é a única que passeia por todos os ambientes. Os praticáveis parecem passarelas e são movimentados para, em seguida, virarem um coro grego. No chão, há folhas que servem de areia, de lago e para Antígona enterrar o irmão. Essa área é mais livre por ser o local em que ela passeia, e a outra é fechada como um palácio, onde os outros atores se movimentam. Os materiais utilizados na criação foram metalon, madeira, elástico, tecido para fazer o piso e folhas secas pintadas de vermelho.








Fotos: Yuri do Val
Texto: Luís Cláudio de Oliveira

26 de agosto de 2010

De Quem É o Dinheiro Que Cai do Céu?

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O espetáculo Sebastião, que estreou dia 25 de agosto, com direção, autoria e atuação de Fábio Vidal, retrata o que aconteceu com as pessoas de um povoado na cidade de São Sebastião do Passé, depois da queda de um avião com dinheiro, e a partir desse acontecimento, houve conflitos entre os que desejavam se apropriar da quantia. A cobiça torna-se algo presente e é o tema central da peça. Sebastião, o personagem principal, é um cearense que está na cidade, além de ser apreciador de jogos, tais como cartas, dados, etc.

O cenário é uma caixa preta, contendo fios vermelhos que atravessam de um lado ao outro do palco, com cédulas falsas de dez reais, presas nos mesmos. E para fixá-las, foi preciso criar um campo magnético em pinos de 15 cm que substituem os pregadores, necessitando, portanto, anexar uma pequena chapa de metal nas notas.







Fotos: Yuri do Val
Texto: Luís Cláudio de Oliveira

24 de agosto de 2010

Papagaio

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A peça Papagaio, com direção de Felipe Assis, texto de Cacilda Povoas e cenário de Rodrigo Frota, conta a estória de uma princesa que recebe a visita de um príncipe encantado em papagaio. Esse encontro é descoberto por uma pessoa invejosa, que prepara uma armadilha para ferir o príncipe-papagaio. A princesa tem que descobrir o reino dos Acelóis, o lugar para onde o príncipe foi – seu reino –, e levar o remédio para curá-lo, pois ele está muito doente devido aos ferimentos. Três narradores contam essa estória, sendo que cada um tem a sua versão. Por isso que a companheira do príncipe, em um momento é a moça, em outro é a princesa e em outro é a filha do rei.

O cenário, criação de Rodrigo Frota, é um tipo de jogo, o tétris, feito de maneira invertida e remete a brincadeiras infantis. Peteca, bambolê e fitas estão presentes no espetáculo. Foram criados alguns praticáveis, que se encaixam e criam formas e planos diferentes. Os materiais usados foram metalon e madeira, recebendo acabamento de EVA colorido. Durante a peça, os atores constroem e desconstroem o cenário, levantando e formando vários ambientes para a contação da estória.








Fotos: Yuri do Val
Texto: Luís Cláudio de Oliveira

19 de agosto de 2010

Figurino para dança

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Não se enganem, porque foi Márcia Ganem quem, com muita gana, ministrou uma oficina de figurino voltado para dança, no Centro Técnico, de 3 a 6 de agosto. A ação faz parte da democratização do acesso à informação da atual administração. Assim sendo e fazendo, o Balé Teatro Castro Alves disponibilizou o seu processo criativo ao público, em geral, uma vez que Márcia foi a responsável pelo figurino da mais nova coreografia do BTCA. E no final, a dança acontece, revelando a beleza dos corpos em movimentos.








Fotos: Yuri do Val / Luciana Pires
Texto: Luís Cláudio Vasconcelos

16 de agosto de 2010

A Quem Possa Interessar

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Com coreografia de Henrique Rodovalho e direção artística de Jorge Vermelho, o espetáculo de dança A QUEM POSSA INTERESSAR, que esteve no Palco Principal do TCA nos dias 13 e 14 de Agosto, foi concebido para mostrar como os bailarinos estão no sentindo de colocar o que foi positivo e adquirido durante os anos, uma vez que a experiência da companhia do Balé Teatro Castro Alves é vasta. Era preciso tirar o melhor proveito desses artistas sem se preocupar com as limitações impostas pelo tempo. Portanto, foi trabalhado o melhor desses profissionais, a fim de despertar o prazer de vê-los em cena, mostrando a dança plena, com maturidade, a quem possa interessar.

A concepção do cenário por Henrique Rodovalho, com execução de Zuarte Jr., partiu do não-cenário, deixando-o completamente aberto. Houve a necessidade de os bailarinos estarem o tempo todo presentes no palco. Por isso foram colocadas cadeiras em volta do espaço cênico da cena. Assim, foi preciso fazer um pequeno divisor de espaço, a fim de proporcionar diferentes ambientes e permitir que os bailarinos permaneçam todo o tempo em cena, acompanhando cada momento do espetáculo. Para dividir o espaço cênico com o não-cênico, foram colocadas cordas finas verticalmente, e dessa forma, a platéia verá o palco na sua seminudez cenográfica.






Fotos: Yuri do Val
Texto: Luís Cláudio de Oliveira

12 de agosto de 2010

Torre de Babel

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O espetáculo Torre de Babel, com apoio do Centro Técnico e cenário de Rodrigo Frota, estreou dia 11 de agosto, às 20:00, no Teatro Martim Gonçalves. Com texto de Fernando Arrabal e direção de Marcelle Pamponet, é o resultado do curso de direção da Escola de Teatro da UFBA.

Uma mistura de teatro do absurdo e surrealista está presente nessa peça. Segundo Arrabal, é o teatro pânico, e trata da estória de uma duquesa cega que vive num castelo que está caindo por causa do ataque dos cupins e convoca os mendigos para ajudarem a salvá-lo. Os nobres entram querendo se apropriar, e esses dois grupos iniciam uma batalha, resultando no domínio dos mendigos. É a eterna luta de classes, caracterizada na luta pelo castelo da Villa Ramiro, que é uma metáfora da Espanha pós-franquismo.

Tendo aparência de queimado e feito com estrutura de metalon e acabamento de papel ruído, também foi usado no cenário o poliuretano para que o aspecto de desconfiguração ficasse evidente. A cor vermelha está associada à bandeira da Espanha, enquanto a dourada, à realeza.







Fotos: Yuri do Val
Texto: Luís Cláudio de Oliveira

9 de agosto de 2010

Dorotéia

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Com texto de Nelson Rodrigues, direção de Hebe Alves e apoio do Centro Técnico na confecção do cenário e figurino, assinados por Agamenon de Abreu, o espetáculo Dorotéia teve sua estréia no dia 06 de agosto, às 20:00, no espaço Cultural da Barroquinha. A peça retrata a vida de Dorotéia, uma mulher que tem uma vida duvidosa. Seu passado é muito diferente do passado das três primas, que são as viúvas. Ela retorna para se redimir da vida de prostituta. É a representação da feminilidade e do lado ousado da mulher.

O figurino das primas de Dorotéia foi criado para ocultar as formas femininas, sendo, portanto, da cor azul marinho, ao passo que o de Dorotéia teve a intenção de realçá-las, uma vez que ela tem a sensualidade acentuada. Dessa forma, o vermelho é a cor escolhida. Todas as atrizes interpretam Dorotéia, e é nesse ponto que reside o desafio do figurino, de modo que ele possa ser trocado instantaneamente durante a fala das atrizes sem pausa para elas entrarem na coxia. O material usado é renda básica, sendo quase um bari, que representa a feminilidade exacerbada. A saia volante e rodada, com peso, faz uma forte referência ao estilo flamenco. O crepe mais pesado e o oxford também foram usados na confecção do figurino. No verso da saia há um forro de cor vinho, que é mostrado quando elas se revelam como Dorotéia, além de usarem meia rendada com cinta-liga.

O cenário é uma casa sem quartos, e era preciso que não houvesse grandes interferências de cenografia. Portanto, o único elemento que compõe o cenário é uma luminária, contendo um jarro dentro, que aparece em alguns momentos da visão de Dorotéia e das outras personagens. A luminária tem efeito de transparência e opacidade, a depender da incidência da luz, com a intenção de revelar ou esconder o jarro.










Fotos: Yuri do Val
Texto: Luís Cláudio de Oliveira